Dados preliminares de um sequenciamento genético realizado pela Secretaria Municipal da Saúde e pelo Instituto Butantan apontam 50% de prevalência para a variante ômicron do novo coronavírus, considerada mais transmissível, nos casos estudados de covid-19 na capital paulista.
O percentual de prevalência pode ser ainda maior, já que os números, divulgados nesta terça-feira (4), são referentes à semana dos dias 12 a 18 de dezembro, de acordo com a Prefeitura de São Paulo.
Segundo a secretaria, o sequenciamento genético indicou que 52 amostras relacionadas ao período foram positivas para a ômicron na cidade.
Atualmente o município contabiliza 69 pessoas que tiveram a nova variante do coronavírus confirmada, segundo a gestão Ricardo Nunes (MDB).
O primeiro caso da nova variante foi identificado no Brasil em novembro, de um morador de Guarulhos, na Grande São Paulo, que passou pela África do Sul.
A prefeitura admitiu a transmissão comunitária da ômicron em 15 de dezembro, quanto confirmou a infecção de sete pessoas que não viajaram para o exterior e foram contaminadas ao terem contato em uma festa com um idoso de 67 anos, que estava com a doença.
No último dia 31 de dezembro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a pasta prepara um plano de contingência caso uma nova onda de covid ocorra no país e pressione o sistema de saúde em razão da variante ômicron.
Queiroga afirmou que a pasta acompanha a situação epidemiológica de Estados e municípios. Para ele, a vacinação continua sendo a principal forma de combater as variantes da covid-19 que circulam no país.
Atualmente, a cidade de São Paulo completou o ciclo de vacinação com duas doses dos adultos. Entre os adolescentes de 12 a 17 anos, 87% deles estão totalmente imunizados.
As internações por covid-19 no Estado de São Paulo voltaram a subir, segundo especialistas, passando das mil hospitalizações na semana passada.
O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom, afirmou que o "tsunami" criado pela circulação simultânea das variantes delta e ômicron da covid está levando "os sistemas de saúde à beira do colapso" no mundo.
Infecções causadas pela ômicron, entretanto, representam casos menos graves quando comparadas com as provocadas pela delta, segundo um estudo americano. As análises feitas mostram que, mesmo em idosos, a nova cepa representou menor risco de complicações pela doença.