Para a corretora Ágora, as ações dos laboratórios Fleury (FLRY3) e do Hermes Pardini (PARD3) são apostas positivas a curto prazo após os analistas “obterem uma atualização sobre as perspectivas de curto prazo” e “esclarecerem pontos do Dia do Investidor de FLRY realizado no início de dezembro”.
Para os analistas, os resultados do quarto trimestre deste ano devem começar a ser impactado “pelas 440 mil vidas ganhas de uma grande operadora, que acreditamos ser a Amil, com base nas mudanças anunciadas na rede de laboratórios para alguns planos em setembro que resultaram em credenciamentos para FLRY3 e PARD3, e perdas para Dasa (DASA3) e Alliar (AALR3)“.
Segundo a Ágora, a FLRY3 tem uma recomendação neutra como um nome atraente no setor da saúde, por ter “riscos mais baixos do final do vento favorável da Covid-19 (um declínio mais gradual do que em hospitais e não tão representativo, ou seja, 8% da receita nos nove primeiros meses de 2021); avaliação (17,5x P / L e 8x EV / EBITDA para 2022, em comparação com a média histórica de 23x P / L), e uma perspectiva relativamente positiva (+ 11% no EBITDA para 2022 apesar do declínio dos testes de Covid-19)”.
O recente surto de gripe também impacta a demanda por exames e vacinas, o que causa uma variação positiva para o laboratório. A expectativa da Ágora, para 2022, é de um crescimento de 12 a 15% na receita do Fleury.
Já o viés em relação ao PARD é mais positivo “devido aos riscos de alta em nossas estimativas e seu desempenho de preço recente”.
“A empresa ganhou 700 mil vidas da Amil, mas o impacto será gradual até que as cinco novas unidades em São Paulo sejam totalmente inauguradas até o 1S22. A expectativa de receita dessa carteira em 2022 é estimada em cerca de R$ 100 milhões, mas esse número deve crescer fortemente em 2023 dado o efeito parcial no primeiro semestre de 2022”, diz a Ágora.