Na semana das festas de final de ano, os números de atendimentos por telemedicina para casos de Influenza e Covid-19 entre os associados da Saúde Digital Brasil dispararam, saltando de 7 mil para 15 mil. Segundo Caio Soares, presidente da entidade que representa 90% do mercado privado de telessaúde no Brasil, os números são alarmantes e se assemelham aos índices de atendimentos registrados no pico da pandemia, em março de 2021. Dados também coincidem ao número de hospitalizações de casos suspeitos de Covid-19 no Município de São Paulo, que segundo nota do Observatório COVID BR tem crescido rapidamente desde o início de dezembro.
O especialista explica que a telemedicina, além de desafogar o sistema de saúde e evitar tanto a subutilização de especialistas quanto a superutilização do sistema, consegue evidenciar, do ponto de vista populacional, os movimentos que acontecem de saúde e o adoecimento com alguma antecedência. O que, nesse caso, é preocupante.
“Isso tem se mostrado bastante verdadeiro durante a pandemia toda e nos coloca mais uma vez em alerta. Realizando uma análise estatística com base nas curvas de crescimento dos atendimentos via telemedicina, no caso da Covid-19, por exemplo, percebemos que eles permitem antecipar a informação entre cinco e sete dias em relação ao que é observado no presencial”, ressalta Soares.