O “self-service” da Dasa para atacar os problemas de saúde das empresas
03/01/2022
A companhia de saúde Dasa está ampliando o escopo de atuação do seu negócio voltado para o segmento corporativo, a Dasa Empresas. A meta é atender melhor uma fatia estratégica do mercado: a fonte pagadora da maior parte dos gastos com saúde suplementar do país, ou seja, as empresas.
 

A companhia comprou há cerca de um mês a empresa de gestão saúde corporativa Mantris. Com isso, passa a atuar com mais força também em medicina ocupacional e gestão de ambulatórios in company. Criada há cerca de um ano e meio, a Dasa Empresas faz hoje a gestão de saúde de 900 mil vidas e a meta é chegar a 2 milhões de vidas nos próximos anos.

A Mantris faz a gestão de cerca de 200 ambulatórios em empresas. A ideia é usar esses ambulatórios para reduzir os custos da saúde suplementar usando a medicina do trabalho.  “Acreditamos que não daria para ter uma saúde integrada se não tivéssemos junto a parte de saúde ocupacional”, diz Rafael Motta, diretor-geral da Dasa Empresas. A aquisição da Mantris ainda precisa ser aprovada pelo Cade.

Self-service

Na prática, a Dasa Empresas funciona como uma espécie de self-service de serviços de saúde para as empresas. “Somos um hub de soluções de saúde para o cliente empresa. Temos hoje 66 produtos, que incluem gestão do seguro de saúde, vacinação, exames, telemedicina e medicina ocupacional. Se consigo prestar serviços de saúde tão bem para o público em geral, por que não oferecer serviços também direto para a fonte pagadora?”, afirma Motta.

 

O modelo de atuação da Dasa Empresas está em linha com as tendências do setor, com foco em prevenção e análise de dados para reduzir os custos e melhorar o atendimento de saúde. “Todos os anos, 20 milhões de pessoas passam pelas nossas unidades. Isso gera volume de dados muito grande que pode salvar vidas, reduzir custos e evitar doenças”, diz o executivo. O que a Dasa Empresas faz é usar esse grande volume de dados para entender as dores do cliente corporativo e buscar soluções.

Com o reforço no segmento de medicina ocupacional, a estratégia da empresa ganha mais força, com possibilidade de unificação de dados entre saúde ocupacional e assistência à saúde. “A empresa precisa fazer exames admissionais, mas isso nunca foi integrado à saúde assistencial. Por que faço um exame em um funcionário e não sinalizo para a gestão de saúde que ele tem pressão alta, por exemplo?”, diz.

Outra vertente de atuação é uma espécie de central de atendimento, voltada para o beneficiário do plano, ou seja, o funcionário da empresa. “Quando o funcionário precisa fazer um exame, ele sai ligando nos laboratórios do plano de saúde. Aqui ele liga para um lugar só, e nós fazemos o atendimento dele via telefone ou whatsapp”, diz Motta.

Com isso, um dos objetivos é reduzir o tempo de início de tratamentos. Segundo Motta, o tempo médio para início de tratamento de uma doença é de 90 dias. A Dasa Empresas promete reduzir esse tempo para 15 dias, com meta de chegar a 8 dias.

Fonte: Exame




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