Às vésperas do inverno no hemisfério norte, autoridades de saúde dos EUA e da Europa ligaram um alerta diante o recorde de novos casos de covid-19 provocado pelo avanço da variante Ômicron, que já é dominante em uma série de países. Enquanto tentam entender as especificidades da variante, especialistas discutem maneiras de evitar que a nova cepa marque o início de uma nova onda pandêmica - enquanto ainda não há um consenso sobre a abordagem ideal a ser adotada para contê-la.
Mesmo sem todas as questões sobre a Ômicron respondidas, o aumento do número de casos apresenta efeitos práticos: o Fórum Econômico Mundial, realizado anualmente na Suíça, foi adiado "pela incerteza trazida" pela nova cepa, anunciaram os organizadores nesta segunda-feira, 20; No domingo, 19, a Holanda deu início a um novo lockdown que limitará as festas de fim de ano no país; e mesmo em países resistentes a adotar medidas restritivas mais uma vez, as pressões políticas e de autoridades de saúde aumentam enquanto o número de casos de covid-19 também cresce.
Outro aspecto importante a ser esclarecido é quanto à eficácia das vacinas atualmente utilizadas para a nova mutação. Em Oslo, uma confraternização de fim de ano terminou com 145 pessoas infectadas após a confraternização de fim de ano de uma empresa do ramo de energias renováveis. De acordo com autoridades de saúde norueguesas ouvidas pelo jornal alemão Der Spiegel, os 119 funcionários da empresa estavam vacinados e tinham apresentado testes negativos para covid-19. Após a área do restaurante onde o encontro era realizado ser aberto ao público como pista de dança, parte dos funcionários resolveram permanecer no local. O saldo foi de 81 funcionários e 64 frequentadores da boate infectados.