5 tendências em tecnologia que vão impactar o setor de saúde em 2022
17/12/2021

A tecnologia e a digitalização estão cada vez mais presentes na vida de gestores e profissionais da saúde. A pandemia gerou uma revolução nas práticas clínicas e na gestão hospitalar, acelerando o uso de soluções tecnológicas robustas e modernas. Mas esse movimento não deve parar por aí, já que existe a previsão de que o mercado de TI voltado à saúde continue em crescimento.  

De acordo com o relatório Future of Healthcare Report, que analisa o setor e as previsões para os próximos anos, mais de 50% dos consumidores estão interessados em soluções virtuais, como a telemedicina. Isso indica a necessidade de que os profissionais continuem investindo em inovação tecnológica para melhorar o atendimento aos pacientes e aumentar a eficiência de processos e tratamentos. 

“A ascensão das soluções digitais foi fundamental durante a pandemia. Esse cenário não só expôs velhas falhas dos sistemas como reforçou a necessidade de inovações baseadas na tecnologia para atender a demandas que, até então, não pareciam urgentes”, comenta Luis Barros, gerente de Marketing e de Inteligência de Mercado da MV.  

A MV, líder no desenvolvimento de softwares para a saúde na América Latina, traz algumas considerações sobre quais devem ser as tendências no setor da saúde, aliado à tecnologia, no próximo ano. 

Estratégia omnichannel 

Segundo uma pesquisa da McKinsey, realizada com 7.500 consumidores em 6 países, 79% dos entrevistados demonstraram uma grande preocupação com o próprio bem-estar. Dentro desse índice, os entrevistados comentaram que o uso de dispositivos médicos, acesso a serviços remotos e rastreadores de atividade física e sono, por exemplo, contribuem para a sensação de que cuidam melhor da si mesmos 

 

A necessidade de se adaptar para atuar em múltiplos canais será a chance das empresas aproveitarem um mercado em expansão, conquistando a confiança de pacientes e contribuindo para sua saúde.  

Telemedicina 

Se, durante a pandemia, o número de atendimentos remotos já registrou um crescimento considerável, nada indica que vá voltar ao patamar anterior. Conforme um levantamento feito pela PwC Consultoria, 91% dos entrevistados usaram atendimento virtual por vídeo ao longo dos dois últimos anos e fariam isso novamente, confirmando que essa solução deve se consolidar a partir de 2022. Mas, além de se preocupar com o aprimoramento da conectividade para ampliar o acesso a esse sistema, é preciso que as empresas de saúde e as equipes médicas continuem protegendo a privacidade e os dados dos pacientes, o que reforça, também, o papel das empresas e soluções em segurança cibernética. 

IA e Machine Learning 

A Inteligência Artificial (IA) é capaz de aumentar a produtividade dos serviços de saúde e produzir melhores resultados. Análises de variáveis como sintomas, estilo de vida, idade, status social e outros aspectos podem contribuir para diagnósticos presenciais ou remotos e tratamentos com o auxílio de IA, machine learning big data. Além disso, o uso de IA pode apoiar em uma variedade de áreas, como a administração e assepsia hospitalar. 

Outra novidade é a chegada do 5G, que pode otimizar ainda mais a gestão no setor de saúde, a partir do momento em que seja possível oferecer a possibilidade de processamento e análise de uma grande quantidade de dados médicos, auxiliando na tomada de decisões. 

A IA também pode ser útil na busca e na redução dos ciclos de desenvolvimento de medicamentos e possíveis tratamentos para doenças existentes, o que gera redução de custos e torna os processos de simulações mais rápidos.  

 

Wearables por toda a parte 

Dispositivos inteligentes - de inaladores a colchões, passando por aparelhos de eletrocardiograma (ECG) e monitores portáteis de frequência cardíaca - auxiliam na prevenção e manejo de doenças crônicas, permitem o acompanhamento remoto de pacientes por equipes médicas e facilitam várias operações, como intercâmbio de dados com software de telemedicina, entre outras vantagens. 

 A pandemia aumentou não apenas o uso de wearables, mas estimulou o crescimento de plataformas digital-first. Com o uso da tecnologia, os pacientes recebem alertas quando chega a hora de repor os remédios ou de agendar uma consulta. Com a Cloud Computing, o compartilhamento de informações é facilitado e ganha-se em agilidade. Os dados coletados desses devices podem ser úteis no dia a dia e servir como guia em caso de necessidade.  

Diferentes realidades 

Realidades virtual, aumentada e mesclada são exemplos de mundos gerados por computador que podem aprimorar de forma significativa a maneira como a medicina é praticada. Isso significa que, por meio dessas simulações, os profissionais de saúde podem planejar operações, terapias e analisar os resultados prováveis de diversos procedimentos.  

A tecnologia VR pode ser usada para melhorar uma variedade de tarefas hospitalares, tanto no local quanto eletronicamente. O treinamento cirúrgico, o ensino de alunos com simulações de casos reais e a criação de experiências hospitalares virtuais são exemplos de uso de VR na saúde. 

Com a realidade aumentada (AR), é possível melhorar sistemas de telemedicina, fazendo a combinação com os serviços e ferramentas já oferecidos de forma online. A AR também pode ajudar no transporte do paciente, por meio da previsão do itinerário por onde as equipes precisarão passar. Além disso, a tecnologia tem o potencial de melhorar a qualidade da varredura pulmonar dos pacientes, criando uma imagem em tamanho real sobre como o gás se distribui por todo o pulmão. Esse método é capaz de auxiliar na luta contra o coronavírus, por exemplo. 

As soluções de realidade aumentada incluem óculos inteligentes, instrumentos dentários e sensores de veia. Outras ferramentas de AR permitem que os médicos projetem seus dedos na tela de um cirurgião habilitado para AR no local, recebam instruções durante as operações, visualizem modelos 3D e muito mais. 

“A expectativa é que, assim como tem ocorrido ao longo dos últimos anos, muitas outras atividades possam ser aprimoradas no meio virtual, com o uso de tecnologias digitais mais eficientes e modernas. Com esse movimento, reformas que levariam uma década para serem implementadas vão ser feitas em poucos meses”, finaliza Luis. 





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