O Sistema Único de Saúde fez 1 milhão e 460 mil cirurgias para reparos de hérnias da parede abdominal, entre janeiro de 2015 e setembro de 2021, de acordo com o DataSus. Entre os anos de 2015 a 2019 o aumento no número de procedimentos doi de 14,9%. Já de 2019 para 2020 – com a pandemia e a suspensão das cirurgias eletivas em várias regiões brasileiras – houve uma queda em 41,6% no número de procedimentos realizados.
Os anos com maior número de cirurgias de hérnia realizados pelo SUS no país foram 2018 e 2019, com 263 mil e 268 mil procedimentos. Já em 2020 e 2021, os números caíram para 141 mil e 89 mil.
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Hérnia, Christiano Claus, não é possível mensurar o número de pessoas que aguardam na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para realizar a cirurgia de hérnia. No entanto, ele reforça que a cirurgia é a única forma possível para o tratamento da doença. “Não existe qualquer medicamento, exercício ou fisioterapia que seja capaz de fechar a abertura na parede abdominal provocada pela hérnia”, explicou.
Cirurgias de urgência são as principais – Do total de procedimentos, 298 mil foram cirurgias de urgência, sendo os anos de 2016 e 2017 os com maior número de emergência, com 52 mil e 47 mil, respectivamente.
No mesmo período, o estado de São Paulo foi o que mais fez cirurgias de hérnia, chegando a 314 mil. As hérnias têm alta incidência na população, estima-se que 20% dos homens adultos vão apresentar a alteração na região da virilha em algum momento da vida e 8% dos adultos em geral vão apresentar hérnias umbilicais.
As cirurgias de emergência estão relacionadas às complicações, segundo Gustavo Soares. “É o encarceramento e o estrangulamento da hérnia, sendo o segundo o mais perigoso podendo causar gangrena e até levar à morte”, alertou.