O Boletim Covid-19 de novembro da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), divulgado hoje (25), indica que a quantidade de leitos alocados nos hospitais para atendimento de casos de covid-19 para operadoras de saúde manteve em outubro a queda que começou a ser registrada em abril, atingindo patamar inferior ao observado em outubro de 2020. Naquele momento se dava o início da segunda onda da pandemia.
De acordo com a ANS, a taxa mensal geral de ocupação de leitos, que inclui atendimento à covid-19 e outros procedimentos, alcançou 72% em outubro. Esse é o mesmo patamar observado no mesmo mês em 2019, quando não havia pandemia. A ocupação de leitos comuns e de UTI para casos de covid-19 registrou recuo significativo. Em outubro ficou em 40%. A taxa em março deste ano chegou a 79%.
O número de beneficiários de planos de saúde em outubro permanece com a tendência de crescimento observada desde julho de 2020, o que para o órgão regulador representa, mais uma vez, o interesse dos brasileiros no acesso à saúde suplementar. De acordo com a publicação, o total atingiu 48,575 milhões de beneficiários, um aumento de 0,10% em relação ao mês anterior.
Na comparação de outubro deste ano com o mesmo mês do ano passado, a contratação pelo tipo coletivo empresarial subiu 4,62% na faixa até 59 anos de idade e 3,46% acima dessa idade. Já a contratação coletivo por adesão teve aumento de 0,68% acima dos 59 anos de idade e de 0,61% até essa idade.
A busca por exames e terapias teve queda de 1,4% na comparação com outubro de 2019. “Apontando para um retorno à normalidade na utilização desses serviços de saúde, a retomada da realização de exames e terapias eletivas é esperada para que haja a continuidade do cuidado, detecção e tratamento precoces de doenças para o adequado acompanhamento de pacientes crônicos”, diz o boletim.
O número de exames RT-PCR para detecção da covid-19 realizados em julho deste ano caiu 23,8 % em relação ao mês anterior, retornando ao patamar de novembro de 2020. No caso dos exames de pesquisa de anticorpos, o recuo foi ainda maior, com redução de 42,81% de junho para julho.
Em outubro deste ano, o total de reclamações registrou um aumento de 4,5%, em relação a setembro. Segundo a ANS, essas reclamações foram passíveis de intermediação pelo instrumento da Notificação de Intermediação Preliminar (NIP). Já as demandas relacionadas à covid-19, caíram e alcançaram 384 no mês.
“Do total de queixas relacionadas ao coronavírus, 39% dizem respeito a dificuldades relativas à realização de exames e tratamento para a doença. A intermediação de conflitos feita pela ANS, entre consumidores e operadoras, tem resolvido mais de 90% dessas reclamações”, informa o documento.
Para a análise dos indicadores assistenciais, a ANS considerou informações coletadas junto a uma amostra de 49 operadoras que têm rede própria hospitalar. A avaliação dos índices econômico-financeiros levou em consideração dados de 105 operadoras para o estudo de fluxo de caixa e análise de inadimplência. “Juntas, as operadoras respondentes para esses grupos de informação compreendem 74% dos beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares”, informou.