Investidores aportaram volume recorde em startups no Brasil este ano
22/11/2021

O ambiente econômico brasileiro não é dos mais promissores neste fim de 2021. Mas o país deve estar no centro do mundo em dezembro, quando o banco digital Nubank pretende concretizar sua listagem na bolsa de Nova York avaliado em torno de 50 bilhões de dólares. Ainda sem lucro e com apenas oito anos de existência, o banco digital criado por David Vélez, Cristina Junqueira e Edward ­Wible chegou ao mesmo patamar de valor que o Itaú, maior banco privado do país, com seus 76 anos de história e quase 7 bilhões de reais de lucro trimestral. A história meteórica do Nubank mostra um Brasil que parece estar imune ao cenário de deterioração econômica.Um país em que os maiores investidores globais especializados brigam para investir. É o Brasil das startups e do capital de risco, do venture capital, de sócios que trazem com eles mais do que dinheiro. Trazem conhecimento, questionamento e uma profícua rede de contatos que ajudam os negócios a multiplicar suas ambições.

 

A onda de investimentos em startups é global, acelerada por um excesso de liquidez e por uma digitalização recorde impulsionada pela pandemia. Até setembro, o volume global investido em startups já somava 437,7 bilhões de dólares, 54% mais do que o total do ano passado. Mas, no Brasil, o aumento das apostas é ainda mais expressivo. Foram investidos nada menos do que 8 bilhões de dólares até outubro (cerca de 44 bilhões de reais), quase 120% mais do que no mesmo período de 2020. A título de comparação, as companhias abertas no Brasil captaram no período pouco menos de 87 bilhões de reais. 



 

Com mais capital fluindo pelo mercado, a lista de unicórnios, as startups bilionárias, não para de crescer: companhias como MadeiraMadeira, Hotmart, Unico, Mercado Bitcoin e Nuvemshop foram avaliadas em mais de 1 bilhão de dólares em rodadas neste ano. A elas se somam empresas que viraram unicórnios nos últimos anos, como 99, Creditas, Gympass, Loft, QuintoAndar, iFood. No total, o Brasil tem 15 unicórnios, cerca de 2% do total mundial, atrás somente de países como Estados Unidos, China, Índia e Reino Unido. 
 

A construção rápida desse Brasil tecnológico só foi possível porque grandes fundos globais desembarcaram no país dispostos a investir em negócios tão promissores para eles quanto Facebook, Uber, LinkedIn, Airbnb e Slack eram há mais de uma década. Para investidores gigantes como SoftBank, ­Tiger Global e Sequoia Capital, a América Latina é a nova “menina dos olhos”. Entre os emergentes, a região fica atrás apenas da China (31,3 bilhões de dólares) e da Índia (8,2 bilhões de dólares) em volume total recebido. Eles se unem a fundos historicamente focados em Brasil e América Latina, como Kaszek e Monashees, e a uma geração de empreendedores que, com dinheiro e contatos, passam eles mesmos a ser investidores e mentores de startups, como Ariel Lambrecht (cofundador da 99) e Brian Requarth (fundador da Viva Real).

Fonte: Exame




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