A tecnologia em saúde tem sido um assunto de grande relevância para a Saúde Pública de todo o Brasil, devido à sua influência e peso no processo de diagnósticos e cura de doenças. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a decisão sobre a implantação ou não de certas tecnologias não é evidente e requer análises para o desenvolvimento futuro.
Desde a criação da Secretaria de Ciência e Tecnologia em Saúde do Ministério da Saúde, muitas ações vêm sendo estruturadas com o objetivo de viabilizar a cooperação técnica a estados, municípios e DF, organizações governamentais e não-governamentais e universidades com vistas ao desenvolvimento científico e tecnológico em saúde.
Durante a Pandemia, surgiu o modo Inteligência Artificial (IA), considerado pela OMS uma grande promessa para melhorar a prestação de atenção à saúde e medicamentos em todo o mundo, mas isso acontecerá apenas se a ética e os direitos humanos forem colocados como prioridade. Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, "a inteligência artificial possui um enorme potencial para melhorar a saúde de milhões de pessoas em todo o mundo, mas como toda tecnologia, também pode ser mal utilizada e causar danos", afirmou.
Para o Presidente da Aliança para a Saúde Populacional (Asap) e Diretor Executivo das Operadoras de Planos de Saúde do Hospital Care, Cláudio Tafla, apesar da tecnologia ser um grande passo para a evolução da saúde no Brasil, somente as inovações não serão suficientes para a mudança que a população necessita. “Sabemos da enorme demanda reprimida de diagnósticos e tratamentos que estas situações, como a pandemia, nos trouxeram e precisaremos, junto com inovação, tecnologia, transformações do sistema e pessoas engajadas, de novas soluções que nos ajudem a reorganizar este sistema de forma mais eficiente, aumento de qualidade e percepção de valor e satisfação de nossos beneficiários”, explica.
Contudo, para que haja mudança e evolução da tecnologia na medicina é necessário investimento. “Não será a inovação e a tecnologia, por si só, que farão a mudança, mas a sua utilização de forma eficiente e na melhoria de processos e modelos que não nos entregarão mais soluções para os desafios atuais e os que virão”, finaliza Claudio.