A Rede D’Or já anunciou investimentos de R$ 2,8 bilhões em dez aquisições entre janeiro e novembro deste ano, o que equivale a praticamente uma nova transação por mês. A companhia realizou sua oferta inicial de ações (IPO), em dezembro, e fez um follow on (oferta subsequente), em maio, que juntos movimentaram cerca de R$ 16 bilhões. 

Hoje, o grupo tem cerca de 65 hospitais em mais de dez Estados do país. Somente no últimos 30 dias, a companhia anunciou a compra dos hospitais Arthur Ramos (em Alagoas) Santa Isabel (São Paulo) e Aeroporto (BA), que somaram quase R$ 900 milhões. 

 

A companhia vem conseguindo negociar as aquisições por menos de R$ 3 milhões, por leito, valor projetado no IPO. A mais recente transação, anunciada na terça, o hospital Arthur Ramos, a D’Or pagou R$ 2,1 milhões, por unidade de internação. 

A companhia registrou, no terceiro trimestre, um lucro líquido de R$ 378 milhões, alta de 8,2%. Já a margem do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustada caiu 1,2 ponto percentual. O resultado foi impactado pelo aumento de custos de materiais, novos hospitais com rentabilidade menor e maiores despesas financeiras diante do aumento da taxa de juros. Os bancos Credit Suisse e BofA reduziram suas projeções de preço-alvo do papel diante do cenário atual macroeconômica. 

Entre os destaques do trimestre, a Rede D’Or conseguiu aumentar sua receita em quase 40% devido à rápida substituição de pacientes covid por internações vindas de cirurgias.