Os indicadores são formas de monitorar o cuidado prestado ao paciente e os processos de trabalho de uma organização de saúde. Pensando nisso, a Organização Nacional de Acreditação (ONA) preparou um guia com 4 dicas sobre o que os indicadores representam para os processos de melhoria implantados e como eles podem ajudar na jornada do profissional da saúde, aprimorando processos e melhorando resultados.
A primeira dica é que os indicadores precisam ser viáveis, ou seja, os dados precisam estar disponíveis ou serem facilmente coletáveis. O processo para captação de informações precisa ser custo-efetivo, e o investimento para que os dados sejam coletados e analisados precisa valer a pena para a instituição. Em suma, é preciso que o indicador acompanhe situações que são primordiais para a organização. “Dados coletados só possuem significado à medida que são capazes de gerar informações para o processo de decisão, com a finalidade de melhoria contínua da qualidade”, destaca Gilvane Lolato, gerente de Educação da ONA.
Outro ponto importante é que o indicador de qualidade e segurança deve ser publicizado. Ele não deve estar acessível apenas para os gestores, por exemplo, mas precisa ser compartilhado com a equipe. Isso requer uma preparação da equipe para que possa entender o significado do indicador.
O indicador também tem que ser confiável. Se, em condições ou situações semelhantes, o indicador apresenta resultados diferentes, ele não vai auxiliar, de fato, os processos de melhoria. “Os indicadores devem nortear a tomada de decisões para o presente e o futuro. Por esse motivo, é importante que os indicadores de gestão reflitam dados verdadeiros da organização, pois se os indicadores forem ambíguos, a interpretação não será fidedigna”, alerta Gilvane.
E, por fim, todo gestor e profissional preocupado com a qualidade deve se perguntar: o indicador tem validade, ou seja, ele serve de alerta para situações que precisam ser acompanhadas? Se o indicador não for específico o suficiente para só detectar aquilo que se quer acompanhar, por exemplo, dificilmente ele servirá para apoiar a melhoria contínua em uma organização de saúde.
Quando definidas as situações-problema, cabe decidir qual tipo de indicador deve ser aplicado, pois existem os indicadores de protocolos, de segurança, comissões, dentre outros que a organização poderá estabelecer. Mas, seja qual for o tipo, é sempre relevante se questionar e provocar as seguintes reflexões:
Indicadores para melhoria e o processo de acreditação
Os indicadores são indícios usados no processo de acreditação ONA em todos os 3 níveis – Acreditado (ONA 1), Acreditado Pleno (ONA 2) e Acreditado com Excelência (ONA 3). Para o primeiro nível, o indicador é uma forma de evidenciar a segurança dos processos; no segundo, o gerenciamento dos processos; e, no terceiro, a efetividade e excelência na gestão.
“A análise feita para a acreditação é completa, olhamos as minúcias, entendemos o desenvolvimento, como é feito e quais evidências estão sendo geradas para que possamos assegurar que aquela instituição oferece um serviço seguro e de qualidade para seus pacientes”, completa Gilvane.