CFM se esforça para desconstruir o SUS, acusa Ministério
Em nota divulgada após revelação de pesquisa do Datafolha, Ministério da Saúde, CNSS e CNSM acusam entidade médica de fazer 'interpretação tendenciosa'
20/08/2014
Algumas horas após a divulgação de um estudo do Datafolha, encomendado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Paulista de Medicina (APM), revelando que serviços de saúde prestados no Brasil, públicos e privados, são considerados regulares, ruins ou péssimos por 93% da população, o Ministério da Saúde reagiu. Em nota conjunta com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, a pasta lamentou a "a interpretação tendenciosa e parcial dos dados e o esforço do CFM na tentativa de desconstrução do SUS".
 
Segundo o Ministério, a pesquisa divulgada na terça-feira (19) não só reitera desafios importantes para o sistema, como também aponta avanços como acesso superior a 84% na maioria dos tipos de serviços avaliados. Das pessoas que procuram os postos de saúde, informa a pasta, 91,3% conseguiram atendimento, como resultado inclusive de estratégias como o Mais Médicos. 
 
Dos que utilizaram o SUS, continua o comunicado, 74% avaliam a qualidade do atendimento com notas superior a 5, sendo que um terço dos entrevistados deram notas entre 8 e 10.
 
Perseguição?
Embora a insatisfação detectada pelo levantamento do Datafolha atinja tanto o sistema de Saúde público como o privado, a maior parte dos dados diz respeito ao serviço prestado no SUS. Em relação à qualidade dos serviços, por exemplo, 70% dos que buscaram atendimento disseram estar insatisfeitos. A percepção mais negativa está relacionada ao atendimento nas urgências, emergências e em pronto-socorros.

Entre os entrevistados, pelo menos 30% declararam estar aguardando ou ter alguém na família aguardando a marcação ou a realização de algum procedimento na rede pública. Mesmo entre os que têm plano de saúde, 22% aguardam algum tipo de atendimento no SUS.




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