A CPI da Covid ouve neste momento Paulo Rebello Filho, diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ele será questionado sobre medidas tomadas para coibir e responsabilizar a operadora de plano de saúde Prevent Senior por irregularidades cometidas ao longo da pandemia.
Segundo dossiê elaborado por médicos que trabalhavam na empresa, a Prevent Senior teria indicado sistematicamente o uso de medicamentos sem eficácia para a covid-19, como hidroxicloroquina e azitromicina, e ocultado mortes de pacientes em um estudo para testar os remédios.
O plano de saúde teria feito experimentos com pacientes sem a autorização das famílias. Ainda de acordo com o dossiê, o protocolo de uso do “kit covid” teria sido conversado com integrantes do gabinete paralelo do governo Jair Bolsonaro, como forma de comprovar a tese de que os medicamentos eram eficientes contra a covid-19.
À CPI, o diretor da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, disse que os médicos não eram obrigados a prescrever o “kit covid” e negou ter ocultado óbitos. Mas confirmou que a rede alterava o diagnóstico de covid em pacientes depois de duas ou três semanas de internação, a depender do caso.