A Philips, empresa de tecnologia em saúde, anunciou a publicação de seu relatório Future Health Index (FHI) 2021 Brasil: “Um futuro resiliente: líderes do setor de saúde enxergam para além da crise”. Em seu sexto ano, o estudo foi realizado em 14 países, incluindo o Brasil, sendo a maior pesquisa global do gênero a analisar as prioridades atuais e futuras dos líderes do setor de saúde.
O relatório apresenta a opinião dos líderes do setor de saúde — incluindo diretores executivos, financeiros, de tecnologia, operacionais, entre outros — em relação aos desafios que vêm enfrentando desde o início da pandemia e quais são suas prioridades atuais e a longo prazo, revelando uma nova visão para o futuro da saúde. Com foco no atendimento centrado no paciente facilitado por tecnologias, o segmento caminha para uma nova fase com ênfase em parcerias, sustentabilidade e novos modelos de atendimento, dentro e fora do hospital.
“Durante a Covid-19, os líderes do setor de saúde vivenciaram momentos estressantes para se adaptarem e atuarem durante a crise, trabalhando em conjunto com o objetivo de mitigar os efeitos da pandemia. Mesmo com o cenário desafiador, é possível notar que esses profissionais estão otimistas em relação ao futuro e à transformação que o segmento está passando”, disse Fabia Tetteroo-Bueno, diretora executiva da Philips na América Latina.
Apesar de seu histórico positivo na gestão de outras emergências públicas — como o Zika vírus, por exemplo — o Brasil, como o resto do mundo, também enfrentou obstáculos para lidar com o novo coronavírus. Mesmo com os melhores esforços dos profissionais de saúde, o país contabilizou uma alta taxa de contaminação e óbitos, ao lado da Índia e dos Estados Unidos.
Segundo Patrícia Frossard, Country Manager na Philips do Brasil, o relatório Future Health Index 2021 chega em um momento crucial para que o setor entenda exatamente como os diversos agentes podem trabalhar em conjunto para transformar a saúde na região. ” As prioridades dos líderes de saúde brasileiros, hoje, incluem uma melhor preparação para responder à crise da Covid-19 e o aumento da eficiência das instituições de saúde para o futuro”, diz.
Transformação digital
Como parte desse novo cenário, esses líderes deram início a um processo de transformação digital baseado em três pilares: investir em registros eletrônicos de saúde, telemedicina e parcerias estratégicas com agentes do setor e empresas de Tecnologia da Informação.
No que diz respeito às tecnologias digitais em saúde, 84% dos principais líderes do setor estão investindo em registros eletrônicos de saúde, com 61% focados em telemedicina. Embora a telessaúde ainda esteja concentrada nos serviços entre profissionais, 39% dos líderes esperam redirecionar seus investimentos para tecnologias de telessaúde voltadas para o paciente.
“Percebemos que os líderes de saúde brasileiros estão trabalhando para diminuir o impacto da pandemia na vida das pessoas e em seus negócios. Apesar dos desafios, é possível notar que eles estão otimistas com o desenvolvimento do setor, em especial quando falamos em transformação digital, ao termos aprovada a lei que permite o uso da telemedicina durante a pandemia”, acrescentou Patrícia.
Apesar de não ser um investimento prioritário neste momento, 60% dos entrevistados gostariam que a Inteligência Artificial (IA) fosse implementada em suas instituições de saúde para a otimização da eficiência operacional e a integração de diagnósticos. Inclusive, esse foi um dos pontos abordados pelo Future Health Index 2020, que mostrou que cerca de 30% dos jovens profissionais brasileiros acreditam que a IA é uma das tecnologias digitais em saúde que melhoraria o dia a dia de trabalho.
Outra frente importante de avanço para a transformação digital é a cooperação entre os agentes do segmento. Entre os líderes brasileiros de saúde, 38% acreditam que, para que estejam preparados para o futuro, a sua instituição precisará investir em parcerias estratégicas. De acordo com Patricia Frossard, a Philips já começou a trilhar esse caminho.
“Aproveitamos o nosso conhecimento clínico e de TI e unimos forças com parceiros que também estão empenhados em promover a transformação digital de modo a proporcionar um melhor atendimento à população, além de beneficiar os profissionais de saúde e sua experiência no trabalho e, ao mesmo tempo, reduzir os custos das instituições de saúde”, pontua Patrícia.
Apesar do otimismo e do foco no investimento em novas tecnologias, os líderes de saúde precisam enfrentar a falta de experiência das equipes com essas novas soluções, sendo que 57% dos entrevistados afirmam que esse é o fator que mais os impedem de se preparar para o futuro, enquanto 44% dizem que é necessário treinar ou educar a equipe sobre o uso dessas soluções para implementar uma saúde de qualidade e otimizada.
“Em 2020, nós já tínhamos identificado essa lacuna no setor de saúde. Inclusive, os jovens profissionais de saúde pontuaram a necessidade de incorporar esse tipo treinamento como uma das atividades acadêmicas para que se preparem e serem capazes de usar os dados digitais do paciente de forma mais eficaz”, diz Patricia.
Aprendendo com o passado
De acordo com a pesquisa, 86% dos líderes do setor de saúde no Brasil estão confiantes na capacidade do sistema de saúde do país de prestar um atendimento de qualidade. No entanto, 75% dos entrevistados citam a pandemia como uma das principais forças externas que os impedem de se preparar para o futuro, sendo que 68% estão focados em achar caminhos para enfrentar a Covid-19 e 53% concentrados em aumentar a eficiência de sua unidade médica.
Sistemas sustentáveis
No que se refere à mudança de comportamento entre os pacientes devido à pandemia, espera-se que haja um aumento no atendimento domiciliar nos próximos três anos, possivelmente impulsionado por tecnologias digitais de saúde, entre elas os serviços de telessaúde.
O aumento dos serviços de cuidados domiciliares pode ser atribuído a diversos fatores, como o envelhecimento da população, menos leitos hospitalares disponíveis e a organização de um atendimento orientado ao paciente. A telessaúde também começa a contribuir para essa nova realidade.
Atualmente, apenas 3% dos líderes brasileiros do setor de saúde dizem que implementar práticas de sustentabilidade em seu hospital ou estabelecimento é uma prioridade máxima, mas esperam que isso mude no futuro, com 60% deles afirmando que as práticas de sustentabilidade se tornarão prioridade daqui a três anos. Por essa razão acreditam que a sustentabilidade também é um tema importante que precisam abordar.
Existem ótimas oportunidades, como implementar soluções de ecodesign e consumo responsável de energia, bem como soluções digitais: monitoramento remoto, software baseado em nuvem e ferramentas digitais inteligentes que, de modo geral, aumentam a eficiência da gestão hospitalar.
“O relatório Future Health Index 2021 Brasil revelou que os líderes do setor de saúde estão concentrados em oferecer um sistema de saúde sustentável e centrado no paciente, por meio de tecnologias digitais. Vejo um valor significativo em modelos mais integrados, liberando o poder dos dados e da inteligência artificial e, ao mesmo tempo, otimizando o atendimento em todo o continuum de saúde em nossa região para melhorar o acesso à saúde”, conclui Patrícia Frossard.