Preço de medicamentos vendidos aos hospitais registra maior queda em 2021
14/09/2021

O preço dos medicamentos vendidos aos hospitais no Brasil registrou em agosto a maior queda deste ano (-2,29%), o que representa o terceiro recuo consecutivo do índice após as quedas em julho (-1,90%) e junho (-0,81%). Os dados são do Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador criado pela Fipe em parceria com a Bionexo, healthtech de soluções digitais para gestão em saúde. Trata-se do segundo maior recuo mensal da série histórica do índice, iniciada em janeiro de 2015, ficando atrás apenas de setembro do ano passado, quando houve queda de -2,48% (imagem abaixo). O resultado ficou abaixo do comportamento do IPCA/IBGE (+0,87%), da taxa média de câmbio (+1,84%) e do IGP-M/FGV (+0,66%) no período.

“O avanço da vacinação e a redução da demanda sobre o sistema de saúde nacional, aliados à progressiva normalização da oferta de medicamentos, estão contribuindo para a acomodação dos preços nos últimos meses”, avalia Rafael Barbosa, CEO da Bionexo.

 

“Houve quatro momentos na pandemia que impactaram no preço dos medicamentos: o choque inicial de demanda, com aumento dos preços, no começo de 2020; o arrefecimento e queda na demanda, no fim do ano passado; a segunda onda com novo aumento, no início deste ano; e, finalmente, este momento de queda na demanda e novo recuo nos preços”, conclui o executivo.

Grupos de Medicamentos

Em agosto, o comportamento do índice foi impactado pela queda nos preços de quase todo os grupos de medicamentos, com destaque para aparelho cardiovascular (-9,91%); sistema nervoso (-8,34%); sistema musculoesquelético (-5,97%); preparos hormonais (-4,84%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-3,57%); aparelho digestivo/metabolismo (-2,29%); entre outros. Em contraste, os únicos grupos que registraram alta mensal nos preços em agosto foram imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (+2,86%) e agentes antineoplásicos (+0,08%).

No acumulado do ano, a alta de 9,93% do IPM-H é influenciada pelos aumentos observados em quase todos os grupos de medicamentos incluídos na cesta do índice: sangue e órgãos hematopoiéticos (+19,70%), preparados hormonais (+16,72%), aparelho digestivo e metabolismo (+13,61%), sistema nervoso (+13,12%), imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (+13,00%), órgãos sensitivos (+10,47%), sistema musculoesquelético (+8,88%), aparelho respiratório (+6,13%), agentes antineoplásicos (+6,07%), anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (+5,66%) e aparelho geniturinário (+4,06%).

Já em relação aos últimos 12 meses encerrados em agosto/2021, a elevação apurada no IPM-H (+7,85%) é impulsionada pelas variações registradas nos seguintes grupos: aparelho digestivo e metabolismo (+28,27%), sangue e órgãos hematopoiéticos (+23,80%), sistema musculoesquelético (+13,58%), imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (+13,42%), órgãos sensitivos (+9,62%), aparelho respiratório (+7,10%), sistema nervoso (+6,51%), aparelho geniturinário (+5,84%), preparados hormonais (+5,25%) e agentes antineoplásicos (+4,21%).





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