O estudo é bem amplo e analisou dados de 615.000 casos da doença nos EUA entre abril e julho deste ano. É o maior estudo do tipo realizado no país desde que a variante Delta se tornou comum por lá.
A análise foi dividida em dois períodos, para levar em consideração a faixa temporal em que a Delta esteve mais prevalente. O estudo é público e está disponível, em inglês, no site da CDC.
No primeiro período, entre 4 de abril e 19 de junho, as pessoas não vacinadas correspondiam a 95% dos casos, 93% das hospitalizações e 92% das mortes. Já no segundo período, de 20 de junho a 17 de julho, em que a Delta, mais contagiosa, estava mais presente, os dados tiveram alteração, ainda que não drasticamente. Nesse caso, pessoas não vacinadas correspondiam a 82% dos casos, 86% das hospitalizações e 84% das mortes.
O resultado aponta a resiliência da vacina em proteger contra a Delta e a vulnerabilidade de quem optou por não tomar os imunizantes. O diretor do CDC, Rochelle Walensky, disse em coletiva que pessoas vacinadas estavam sendo hospitalizadas, mas reiterou que o número não era nem próximo dos casos e internações dos não vacinados.
Embora haja ampla oferta de doses das vacinas contra a covid-19, apenas 53,3% dos americanos estão imunizados com duas doses e o sentimento anti-vacina encontra eco na sociedade americana, com estados que chegam a menos de 40% da população imunizada.
A análise foi divulgado depois que o presidente Joe Biden anunciou na quinta-feira, 9, novas medidas para combater a pandemia no país, incluindo obrigação de vacinação de todos os funcionários públicos federais e normas para que empresas com mais de 100 funcionários requeiram a imunização ou façam testes semanais para a covid-19.