Identificada pela primeira vez na Colômbia, a cepa já é responsável por 4.600 casos em pelo menos 40 países, sendo quase 2.000 casos somente dos Estados Unidos.
De acordo com o relatório da OMS, a Mu “tem uma constelação de mutações que indicam propriedades potenciais de escape imunológico”.
As mutações principais são a E484K, relacionada a um escape imunológico parcial e encontrada na Beta e Gama, e a N501Y (ou Nelly) que está presente na Alfa e pode significar uma transmissibilidade maior.
Porém, mais estudos precisam ser feitos para confirmar se a cepa é realmente mais contagiosa ou mais resistente às vacinas.
No Brasil, 10 casos da variante Mu já foram registrados. Os primeiros dois foram por conta dos Jogos da Copa América: duas pessoas da delegação colombiana, que jogaram em Cuiabá contra o Equador em 13 de junho, foram detectadas com a cepa.
Apesar da prevalência global da variante ter diminuído, a presença na Colômbia e no Equador só tem aumentado: 39% dos casos sequenciados e 13% das amostras, respectivamente.
A Mu foi adicionada a lista de variantes de interesse (VOI) da OMS no final de agosto. As VOIs são aquelas cepas que foram registradas e estão sob observação, mas ainda não se classificam com variante de preocupação (VOC), como é o caso das cepas Alfa (anteriormente conhecida como britânica); Beta (sul-africana); Gama (brasileira) e Delta (indiana). Elas são classificadas como VOCs por serem mais contagiosas que o vírus original da covid-19.
“A epidemiologia da variante Mu na América do Sul, particularmente com a co-circulação da variante Delta, será monitorada para mudanças”, disse a agência.