O diferencial do produto é a possibilidade de combinar as coberturas tradicionais de um seguro de vida com um serviço de assistência de saúde, que dá ao beneficiário o direito de fazer consultas em vídeo e check-ups. “A pandemia trouxe mudanças de comportamento e novas preocupações, por isso as empresas precisam, mais do que nunca, colocar o colaborador no centro das atenções: como adaptar os benefícios para a nova realidade?”, diz a cofundadora e presidente Manoela Mitchell.
O produto é feito em parceria com a 180º Seguros, insurtech especializada no modelo de "seguros como serviço" que captou R$ 44 milhões em maio. Além da Pipo, a empresa fundada por Franco Lamping, Mauro Levi D’Ancona e Alex Körner tem parcerias com companhias como a Loft e a Caju.
No caso do seguro de vida, as duas startups tentaram desenvolver um produto que fosse apelativo para as empresas e seus funcionários nesse momento de distanciamento social. “Disponíveis para contratação 100% online e de imediato, os Seguros de Vida Pipo Powered by 180° estendem cuidados e segurança a públicos internos e seus familiares em caso de imprevistos ou em momentos adversos”, diz Körner, diretor de inovação e cofundador da 180° Seguros.
Empresas com pelo menos 30 funcionários podem contratar o produto, que não tem franquia ou carência. Hoje, a Pipo oferece dois tipos de plano: o Lite, mais simples, e o Premium, que oferece mais opções de atendimento. Se a empresa cliente desejar, a startup disponibiliza pacotes de benefícios adicionais, que custam em média R$ 20 por mês por colaborador e dão direito a serviços como consulta médica virtual, check-up preventivo e orientação psicológica.
Fundada em 2019 pelos economistas Manoela Mitchell e Vinicius Corrêa e pelo desenvolvedor Thiago Torres, a Pipo Saúde nasceu com a ambição de revolucionar a gestão de planos de saúde do Brasil. O negócio tem a proposta de substituir as corretoras de saúde tradicionais para as empresas de médio porte, que empregam entre 100 e 2.500 pessoas.
A Pipo consegue reduzir os custos fixos de cada empresa cliente com o plano de saúde ao personalizar cada cobertura para as necessidades dos funcionários. Segundo Mitchell, o processo de venda é bastante consultivo para que a startup tenha o maior número possível de informações para negociar melhores preços com as operadoras. Um funcionário de São Paulo, por exemplo, que nunca usou a assistência fora do estado poderia ter o plano trocado para uma cobertura regional.
Mas a startup não fica restrita ao momento de contratação da apólice: a empresa oferece uma plataforma para o RH poder gerir sozinho os detalhes de cada plano e disponibiliza também um aplicativo para o beneficiário poder ter uma assistência de saúde personalizada, que o ajuda a tomar decisões de saúde.
“A nossa missão é garantir acesso ao menor custo possível para quem está pagando a conta. Não cobramos das empresas, mas recebemos uma corretagem mensal recorrente das operadoras”, diz Mitchell. Hoje, são mais de 100 empresas clientes, entre elas Alura, MadeiraMadeira e Buser.
Depois do aporte de R$ 100 milhões, a empresa está focada nos próximos 12 a 24 meses em transformar o aplicativo do cliente final em um local de fácil acesso a todas as suas informações de saúde. "Queremos estar presentes no plano, no exame, na saúde mental. Nossa ambição é que a Pipo seja vista como um canal de saúde", afirma Mitchell.