A prefeitura de Piracicaba, no interior de São Paulo, confirmou, na segunda-feira, 30, a morte de uma pessoa em decorrência da variante Delta da covid-19, que é mais transmissível. A vítima era uma mulher, de 74 anos, com comorbidade, e que já estava vacinada com as duas doses da vacina Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan. É o primeiro caso letal da variante registrado no estado.
Ainda de acordo com a prefeitura, outros cinco casos da variante foram confirmados pela vigilância epidemiológica do município na semana passada, sendo dois homens e três mulheres, com idades entre 10 e 52 anos. Todos os infectados seguem em monitoramento.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o país tem mais de 1.000 casos confirmados da Delta e 40 óbitos causados pela variante. Pelo menos 15 estados e o Distrito Federal já registraram a presença da cepa entre os resultados positivos para o coronavírus.
Para tentar avançar na proteção contra a covid-19 e diminuir as chances de letalidade, na semana passada, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou uma dose de reforço da vacinação, que começa a partir do dia 15 de setembro para idosos acima de 70 anos e imunossuprimidos.
De acordo com o ministro, a dose de reforço será feita preferencialmente com a vacina da Pfizer porque será o imunizante “mais disponível” no mês de setembro. Apesar disso, a população pode receber qualquer outra vacina. Serão chamados os idosos que foram vacinados há, pelo menos, seis meses. No caso dos imunossuprimidos, a orientação é para receberem a dose adicional após 28 dias.
"Anteriormente a intercambialidade só estava prevista para gestantes que tomaram AstraZeneca. Agora, a é com a vacina da Pfizer. Esta vacina já foi testada em intercambialidade, e o ministério se preparou para ter esta vacina em quantidade que nos dá a possibilidade de tomar esta decisão", garantiu o ministro da Saúde.
O ministro Queiroga disse que até o dia 15 de setembro toda a população adulta, com mais de 18 anos, terá pelo menos a primeira dose, e que a inclusão da dose de reforço não vai impactar na imunização de adolescentes entre 12 e 17 anos.