A pandemia acelerou um processo que já estava em curso na área da saúde: o atendimento móvel. Laboratórios e hospitais de todo o Brasil contam com o serviço que permite que o profissional vá até a casa do paciente para colher exames e aplicar vacinas. É o caso do Santa Luzia, unidade de medicina diagnóstica da Dasa em Florianópolis (SC), que registrou um aumento de 50% nos pedidos de atendimento dessa modalidade entre 2020 e 2021.
Segundo a diretora médica do Santa Luzia, Myrna Campangoli, “o impacto positivo do atendimento móvel se dá pela possibilidade de individualização do atendimento”, explica. Isso quer dizer que o profissional de saúde, ao fazer a coleta e a aplicação domiciliar, “consegue atender o paciente dentro de um ambiente sem estresse, em posição mais confortável e em um ambiente amigável, que ajuda a reduzir possíveis ansiedades sobre o procedimento”, continua. Para a especialista, o atendimento domiciliar também amplia a acessibilidade à saúde. “Muitas vezes, pacientes portadores de limitações físicas ou necessidades especiais, com dificuldades para se locomover, evitam ir aos laboratórios para serem atendidos e realizarem as coletas necessárias”, conta.
A médica acredita que a tendência no aumento de atendimentos domiciliares na saúde acompanha a maior preocupação da população em relação a ambientes em que elas possam estar menos expostas: “Essa preocupação, intensificada com a pandemia do coronavírus, fez com que a procura por esse tipo de atendimento tenha sido amplificada, principalmente nos últimos dois anos”, finaliza.