Com uma carteira de 18 milhões de clientes e presença em 86% dos municípios brasileiros, o Sistema Unimed tem, como princípio, cumprir integralmente os contratos e a legislação que regulamenta os planos de saúde.
Em relação ao índice de reajuste negativo dos planos individuais e familiares em -8,19%, anunciado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, a Unimed do Brasil manifesta preocupação e alerta quanto às consequências para o equilíbrio do setor, em um momento de crescimento das despesas assistenciais.
Ao considerar a variação anual dos custos médico-hospitalares, o cálculo do índice foi afetado pelo contexto excepcional da pandemia de covid-19, que vem provocando grandes oscilações na demanda por atendimentos e nos custos desde 2020.
No momento inicial, o adiamento de consultas e procedimentos eletivos levou à redução momentânea da sinistralidade, especialmente no segundo trimestre. Em 2021, a retomada desses procedimentos e a magnitude da segunda onda de covid-19, com número recorde de internações e alta nos preços de medicamentos e insumos, acarretaram aumento de gastos – e pressionarão para cima o índice de reajuste no próximo ano, também de forma atípica.
A Unimed do Brasil defende uma solução técnica que traga equilíbrio e previsibilidade no relacionamento entre os beneficiários e as operadoras, em especial neste período ainda crítico. A redução das mensalidades será um benefício ilusório se inviabilizar a manutenção dos contratos, fragilizar as operadoras, ou inibir ainda mais a oferta de planos individuais e familiares, excluindo o acesso de uma importante parcela da população à saúde suplementar e sobrecarregando, ainda mais, o Sistema Único de Saúde. Seguiremos debatendo alternativas junto à agência, aos poderes públicos e às entidades do setor.