O Hospital Mãe de Deus adotou um sistema de rastreabilidade total de produtos OPME (Órtese, Prótese e Materiais Especiais), respondendo às exigências da Agência Nacional de Saúde (ANS) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A iniciativa busca dar maior segurança no controle e gerenciamento de materiais utilizados em procedimentos cirúrgicos de alta complexidade. Concluído em junho de 2014, o processo de implantação levou dois anos.
Todos os produtos deste grupo ingressam na instituição com registro e controle de lote, validade de utilização e validade de registro. As informações são repassadas a um banco de dados que permite um controle sobre o material devidamente etiquetado, grande parte trazida do exterior.
Os itens até então chegavam apenas com histórico desde o importador no Brasil. Com a rastreabilidade total é possível levantar a procedência desde o fabricante, dando mais segurança para o hospital a respeito dos artigos oferecidos para os consumidores, explica a enfermeira analista de OPME do Mãe de Deus, Elisandra Liege Serdeira.
Este controle também permite a implementação do chamado “Alarme de Tecno Vigilância”. Ao constatar problema em um cateter, por exemplo, o hospital pode comunicar o fato à Anvisa, que por sua vez irá gerar um alarme às instituições que possuem artigos do mesmo fabricante e modelo.
A Lei de Rastreabilidade está em vigor desde abril de 2001 e sua aplicação ocorre de maneira gradativa, visto que o novo método de controle ocorre durante a aquisição de novos produtos para os estoques das instituições. A meta do Sistema de Saúde Mãe de Deus é concluir o processo nos outros oito hospitais da rede no Rio Grade do Sul.