A prefeitura de São Bernardo do Campo, município da Grande São Paulo, passou a colocar no fim da fila da vacinação contra a covid-19 as pessoas que vão aos postos mas se recusam a tomar o imunizante em razão da fabricante da dose. O novo protocolo começou a valer a partir de hoje (1º).
De acordo com a administração municipal, a pessoa que desistir de se vacinar em razão da marca do imunizante terá que aguardar o final do processo de imunização de toda a população adulta da cidade para ter acesso novamente à dose de proteção contra a doença.
Para aplicar a medida, a prefeitura está disponibilizando nos postos de vacinação um termo de “recusa e responsabilidade”, que deverá ser assinado pelas pessoas que se negarem a receber a dose da vacina.
O documento fica anexo ao prontuário do paciente da rede municipal de saúde, informando que a cidade ofertou a vacina dentro do calendário e no prazo estipulado pelos planos Nacional e Estadual de Imunizações e que a pessoa se recusou a tomar a dose.
Caso a pessoa se recuse também a assinar o termo de responsabilidade, um outro documento será emitido, com a assinatura de duas testemunhas, e será anexado à ficha do paciente no cadastro da prefeitura.
“Não podemos prejudicar nossa eficiência na imunização por conta dessas pessoas que querem escolher a dose. Insisto que vacina não é para escolher. Você lembra a marca da vacina que tomou de gripe? Não lembra. Por que agora, no meio da maior pandemia da humanidade, as pessoas querem escolher vacina? Todos os imunizantes ofertados em São Bernardo são aprovados pela Anvisa e cumprem o seu papel, de salvar vidas”, disse o prefeito Orlando Morando.
Segundo a prefeitura, somente nesta semana, pelo menos 300 pessoas recusaram a se vacinar no momento da aplicação da dose quando tomaram ciência da marca do imunizante. “Quanto antes tivermos nossa população elegível vacinada, poderemos retomar com segurança nossas atividades. Quem tem esse tipo de atitude é no mínimo egoísta e não pensa nas consequências que isso traz para toda a população. Temos que parar com esse movimento antivacinação. Vacina boa é vacina no braço”, disse o secretário municipal de Saúde, Geraldo Reple Sobrinho.
Edição: Fernando Fraga