Ferramentas digitais geram soluções baseadas em dados para setor de saúde
29/06/2021

A caixa de ferramentas para redesenhar o setor de saúde conta com tecnologias como big data, inteligência artificial (IA), internet das coisas (IoT), computação em nuvem, robótica, mobilidade e telemedicina. O desafio está em combinar e integrar os recursos necessários para aprimorar a gestão e a atenção ao paciente. “As instituições de saúde estão experimentando novos modelos e avançam rapidamente na digitalização”, afirma Caio Maia, gerente sênior de estratégia de negócios da Accenture Brasil. As principais demandas são maior eficiência do sistema e produtividade da equipe médica – fatores essenciais para ampliar o acesso da população aos serviços. 

 
Os exemplos começam a se multiplicar, principalmente no setor privado, com a adoção de soluções em hospitais, clínicas e operadoras de saúde. “A medicina tem uma forte ligação com a tecnologia. Mas a adoção das inovações ainda estava centrada nos tratamentos e diagnósticos. Agora, vemos um movimento diferente.” Projeções de mercado dão a dimensão do objetivo almejado. O mercado global de IA para medicina deve saltar de US$ 4,9 bilhões em 2020 para US$ 34,9 bilhões em 2026, segundo dados da Mordor Intelligence. Já as aplicações de IoT devem alcançar US$ 63,4 bilhões no segmento de dispositivos médicos, em 2023, segundo a Markets and Markets. A Emergen Research mediu o avanço dos serviços de computação em nuvem na área da saúde, que devem somar US$ 90,4 bilhões em faturamento em 2027. 

 
A integração digital é a meta do Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, empresa do grupo Opty, que inaugurou, no início de maio, sua primeira clínica 4.0. A estrutura está alocada no Ágora Tech Park, um parque tecnológico privado na cidade de Joinville (SC), que, entre outras inciativas, mantém um hub da área de saúde. Denominada de Sadalla.Smart, a clínica prima pela conectividade e automação de processos. “Nossa meta é liberar os profissionais de saúde de qualquer tarefa que possa ser realizada por uma máquina”, resume Jonathan Lake, diretor-médico do grupo. 



 

 
 

A clínica conta com equipamentos de última geração, como refratores digitais. Os sistemas estão conectados a recursos de computação em nuvem, big data e inteligência artificial. Entre as rotinas, foi possível automatizar a avaliação de grau e da saúde dos olhos. Quando o paciente entra no consultório, os dados de exames prévios estão disponíveis na tela do refrator digital que, por sua vez, está conectado ao sistema de consulta do médico, facilitando ajustes e medições. A integração aumenta a acurácia na avaliação de doenças ou na indicação de óculos e lentes. 

A telemedicina é outro recurso disponível, permitindo que um paciente portador de doenças como a diabetes – que pode prejudicar a visão – se consulte com endocrinologistas, nutrólogos e cardiologistas associados. Dessa forma, é possível criar um protocolo de tratamento integrado. “Hoje os dados dos pacientes estão espalhados pelo sistema de saúde, o que dificulta o entendimento do quadro geral e a ação preventiva”, diz o médico. 

 
 

 

Fonte: Valor




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