“Semanalmente, se escolhe uma amostra significativa por regiões do Estado de São Paulo e se faz o sequenciamento genético. Com isso, é possível acompanhar a evolução das variantes”, disse o presidente da entidade, Dimas Covas, em coletiva de imprensa nesta tarde. “Neste momento, a variante gama é a predominante", disse Dimas Covas.
Segundo ele, esse acompanhamento semanal é importante, para a avaliação da evolução das cepas que eventualmente possa representar maior risco. A detecção de uma variante-preocupação, como classifica a comunidade científica, impacta medidas de restrição da circulação e de isolamento.
Segundo Paulo Menezes, coordenador de controle de doenças, a maior parte das outras variantes identificadas em São Paulo não despertam preocupação sobre maior transmissibilidade do coronavírus. Ele ressaltou que esse monitoramento é fundamental para auxiliar na eficiência da vigilância epidemiológica e do controle da epidemia. O médico informou ainda que, desde o início da pandemia, a rede já identificou no Estado mais de 220 variantes. A maioria é de pequenas mutações sem nenhum significado, observou.
Segundo o boletim, a partir das informações coletadas pela rede desde janeiro até a 21ª semana epidemiológica (que se encerrou em 29/05), foi possível concluir que, no Departamento Regional de Saúde (DRS) da Grande São Paulo já foram identificadas 13 variantes diferentes; na DRS Sorocaba foram 8; e na DRS Campinas, 7 variantes diferentes.
Os dados são obtidos a partir de sequenciamento genômico de uma parcela dos testes diagnósticos positivos feitos no Butantan e nos demais parceiros da rede. De janeiro até o fim de maio, foram sequenciados 4.812 (0,58%) genomas completos de 834.114 (39,2%) casos positivos.
No boletim, que terá periodicidade semanal, é possível acompanhar as frequências absolutas e relativas das linhagens do novo coronavírus por DRS, a distribuição e a evolução temporal da incidência das diferentes cepas. Também haverá informações sobre o número de testes diagnósticos realizados por região, o número de amostras positivas e a porcentagem dos positivos que foram encaminhadas para o sequenciamento genômico.