A tecnologia tem contribuído de diversas formas para o enfrentamento da crise sanitária. O especialista Anselmo Frizera, membro do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE), afirma que ferramentas de inteligência artificial podem ser utilizadas para monitorar um paciente de Covid-19 e comparar sua evolução com a de outros indivíduos infectados. Desta análise, poderiam ser extraídas sugestões para que a equipe médica realizasse pequenos ajustes no tratamento, a fim de levar o paciente a uma situação mais favorável, com base no que ocorreu com outras pessoas acometidas pela enfermidade com a mesma faixa etária, gênero e comorbidades.
Além de auxiliar no tratamento, a Inteligência Artificial pode ser usada para ajudar os pesquisadores a entender melhor a Covid-19. “Como a epidemia é global, temos a opção de usar a inteligência artificial para realizar o monitoramento da doença, seus sintomas e evolução em vários países e, assim, identificar padrões ou correlações que são difíceis de ser percebidas por simples observações”, diz Anselmo Frizera, professor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
Paralelamente, é possível usar sistemas robóticos na reabilitação de pacientes com Covid-19, que apresentem sequelas neuromusculares, como fraqueza muscular ou perda do controle motor. “A reabilitação robótica já vem sendo utilizada na recuperação de pacientes com lesões motoras e cognitivas, como o acidente vascular cerebral (AVC) e a lesão medular”, conclui o membro do IEEE.