O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 10, que logo será publicado um parecer que desobriga o uso de máscaras àqueles que já estiverem vacinados ou ainda a quem já tiver contraído a covid-19. Entre outras questões, o mandatário parece acreditar que o andamento do Programa Nacional de Imunização (PNI), que vacinou somente 11% da população com duas doses, está em paridade com as únicas duas nações populosas que já deixaram de usar os protetores faciais — Estados Unidos e Israel — e que já registram acima de 50% de vacinados.
No entanto, o relaxamento está muito longe de ser o próximo passo das políticas de saúde de muitos países desenvolvidos com ritmo de vacinação comparável ao do Brasil. A Alemanha, com 24% de vacinados, reforçou a exigência de máscaras no final de abril, por exemplo. O país estava enfrentando uma desaceleração nas taxas de vacinação e um aumento nos casos. A Espanha, que já imunizou 23% dos seus, também expandiu a propaganda de estímulo ao uso de máscaras no final de março para garantir que contaminações localizadas não surgissem novamente. No Chile, próximo de 50% de vacinados com uma dose, revogar a recomendação do protetor não entrou no radar.