A aprovação da telemedicina pelo Ministério da Saúde completou um ano em abril de 2021, após liberação em caráter emergencial por conta da pandemia de COVID-19. Apenas entre abril e agosto de 2020, mais de 1,7 milhão de consultas remotas foram realizadas no país[1], o que mostra que a modalidade deverá continuar após a pandemia em um país onde 74% da população com mais de dez anos tem acesso à internet[2].
O modelo já era estudado há décadas pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) por ser uma ferramenta poderosa para garantir serviços de saúde quando a distância é um obstáculo, o que é comum em um país do tamanho do Brasil. Segundo dados da FIFARMA, a América Latina concentra 25% dos hospitais do mundo, porém, estes são insuficientes e concentram-se apenas nas grandes cidades.
Durante o combate à COVID-19, para evitar a ida a hospitais e consultórios, a telemedicina é a melhor opção para que pacientes crónicos acompanhem seu quadro de maneira segura. Ela também incentiva que diagnósticos possam ser efetuados mesmo sem uma presença física com um médico. No entanto, a longo prazo, a medicina remota não apenas é uma opção para quem vive longe de hospitais, mas também para quem tem dificuldades de locomoção.
“Há tecnologias que possibilitam um atendimento de qualidade e com precisão mesmo a distância”, afirma o Vice-Presidente de Vendas da Zebra Technologies no Brasil, Vanderlei Ferreira. Segundo ele, a telemedicina pode se consolidar no Brasil se os prestadores de serviços de saúde garantirem qualidade de conexão e dispositivos tecnológicos adequados aos profissionais. Existem no mercado aparelhos simples que podem ajudar muito os médicos que estão atendendo a distância. É o caso de smartphones corporativos, que lembram os de uso pessoal – com videochamadas e acesso à internet - mas contam também com características como scanners que otimizam a leitura de exames, telas que respondem ao toque mesmo com luvas, limpeza com material próprio para uma correta assepsia e baterias que duram um plantão inteiro.
“Esse tipo de ferramenta ajuda pacientes e médicos a se sentirem próximos, o que é essencial na telemedicina. Os doentes precisam sentir que os profissionais estão presentes e comprometidos da mesma maneira que estariam em uma consulta presencial”, reflete o executivo.