Dos 5.570 municípios brasileiros, 1.002 revelaram ter enfrentado problema de falta de vacina contra covid-19 nesta semana, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e divulgada nesta sexta-feira.
A principal restrição foi para a segunda dose. Entre esses 1.002, 79,3% (795) relataram não ter a segunda dose do imunizante, enquanto a restrição para a primeira dose ocorreu em 39,9% das cidades (400). O mesmo município pode ter apontado falta tanto da primeira quanto da segunda dose.
Entre os 795 municípios que revelaram falta da segunda dose, 767 apontaram que o problema ocorreu com a vacina Coronavac e 100 com a Oxford/Astrazeneca. A 9ª edição da pesquisa CNM — Covid-19 — 9ª edição foi realizada entre 17 a 20 de maio, com respostas de 3.287 municípios, ou seja, com uma amostra que cobre 59% das cidades brasileiras.
O levantamento da CNM mostra que a falta de vacina se dá de forma mais intensa entre os municípios de pequeno e médio porte (31%) que nas grandes cidades (15%), o que aponta para as dificuldades de logística para que a vacinação chegue ao interior do país.
Mais de 500 cidades no Brasil (535) afirmaram que viam risco iminente do hospital da sua região ficar sem medicamentos do kit intubação. O número corresponde a quase 10% dos municípios brasileiros e a 16,3% dos 3.287 que participaram da pesquisa. Segundo a CNM, os dados mostram que a falta desses medicamentos se dá principalmente entre os pequenos e médios municípios.
O levantamento também investigou a adoção de medidas restritivas – como o fechamento de serviços não essenciais e outras ações. Ao todo, 2.026 dos 3.287 revelaram que mantêm essas medidas, enquanto outros 751 disseram que não adotam mais nenhuma ação neste sentido.
A pesquisa também aponta que 2.476 municípios já iniciaram a vacinação de grávidas e puérperas. No entanto, em decorrência da recomendação da Anvisa e do Ministério da Saúde, 849 cidades afirmaram que interromperam a vacinação desse público.