Por Alon Feuerwerker*
À sombra das disputas políticas que desfilam no palco da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid no Senado, os números da epidemia no Brasil começam a trazer dados algo precocupantes.
A curva da média móvel de mortes ainda é declinante, mas isso convive com uma certa escalada na média móvel de casos, e agora também com alguns sinais, aqui e ali, de que voltou a subir a taxa de ocupação das UTIs.
Será preciso acompanhar a situação nos próximos dias com grande atenção. Será necessário saber se estamos no início de uma terceira onda, qual a variante propulsora, e se é mais transmissível, se é mais letal.
Será mais que nunca obrigatório vigilância para que as autoridades não baixem a guarda, não desativem serviços hospitalares, especialmente na área de cuidados intensivos.
Não podemos repetir os equívocos acontecidos entre a primeira e a segunda onda.
A CPI está corretamente debruçada sobre os erros passados. Não repeti-los é uma boa maneira de inclusive homenagear a memória das vítimas.
*Alon Feuerwerker é analista político da FSB Comunicação