Pandora, covid-19 e o ar que você respira no avião
19/05/2021

Por Rizzo Miranda

Não seríamos muito pessimistas se disséssemos que a internet vive um certo momento “caixa de Pandora” no viés da comunicação. No mito grego, em um simplório resumo, Pandora atende à própria curiosidade e abre a caixa que deveria ser mantida intacta e de lá liberta todos os males que viriam a afligir a humanidade (doenças, guerra, mentira, ódio etc). Mas, veja, não podemos esquecer que algo fica dentro da caixa: a esperança.

Podemos dizer que os males desse momento “pandora digital” atendem pelo nome de fake news, deepfakes, bots, ciborgues e derivados. Adicione a isso os crimes que ocorrem em plataformas digitais e que somaram mais de 4 bilhões de credenciais vazadas em 2021, no mundo, como vimos aqui na semana passada.

 

Por outro lado, há o que ficou na caixa e ela é sim, o sentimento para nossas crenças de boa comunicação. Quando você tem esperança você prospecta futuros com potência mental e criativa. E acho que isso, no caso que quero abordar, pode ser um grande motivo para a gente continuar a acreditar que a boa comunicação sempre esteve e sempre estará, independentemente da curiosidade de Pandora, a serviço do homem, de sua reputação, de sua informação, enfim, do bem.

Com a quantidade de informação duplamente tóxica (em volumetria e em temáticas) que nos impacta diariamente, é bom olhar com frescor para quem vai pelo caminho da informação com leveza, compromisso e criatividade.

E que melhor momento para exercitar isso do que estes sombrios tempos pandêmicos? Vi hoje uma peça informativa do jornal americano The New York Times que me deu uma experiência informativa maravilhosa. Clique e saiba por que esses são ventos da esperança na comunicação: uma navegação de uma longa peça que ilustra o que acontece com o ar (e com as pessoas e o coronavírus) dentro de um avião.

Informação essencial para um mundo que se contradiz entre os milhões de casos de covid e notícias sobre aberturas de férias de verão na maior parte do mundo europeu.

O centenário jornalzão americano não tem sido pródigo apenas em se reinventar com o novo modelo de consumo de mídia, com paywall e outros recursos. Tem estado também na frente ao fazer a convergência inteligente entre informação, entretenimento e tecnologia.

Fonte: Exame




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