A instituição é a terceira a receber esta permissão no país. Hoje, no Brasil, apenas a farmacêutica Prati-Donaduzzi e a recém-chegada ao mercado Nunature tinham essa autorização para produzir ou comercializar produtos derivados da maconha.
A Prati tem canabidiol em três versões nas farmácias e a Nunature só deve chegar às prateleiras em julho.
O canabidiol é apenas um dos componentes da planta cannabis sativa. Pesquisas mostram bons resultados em epilepsia refratária infantil, ansiedade e insônia.
O produto que recebeu autorização da Anvisa tem 200 MG por ml.
A autorização da Anvisa se enquadra dentro da RDC 327, de 2020, que na prática permite que empresas extraiam o derivado medicinal da maconha aqui no Brasil, desenvolvam um produto e coloquem nas prateleiras das farmácias, mas precisam importar a matéria-prima. Ou seja, nada de plantar a maconha por aqui.
A autorização dada a Fiocruz, porém, não deve gerar um medicamento a ser comercializável, já que a instituição não é uma farmacêutica do mercado.
A autorização é apenas um primeiro passo nos planos de pesquisa da Fiocruz com a cannabis medicinal, que tem interesse em ser uma fornecedora de canabidiol para o Sistema Único de Sáude (SUS).
Procurado pela EXAME, o Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fiocruz ainda fez comentários.