Estimativa divulgada pela Anestech, healthtech catarinense, aponta que 92% dos anestesistas do Brasil ainda usam papel e caneta para registrar os prontuários dos pacientes. No país, 6% de toda a classe médica é composta por anestesiologistas. Ou seja, aproximadamente 30 mil médicos dependem ainda do sistema tradicional.
“Quem não é da área da saúde pode até desconsiderar o impacto disso, mas quem trabalha nos hospitais sabe bem o que isso significa. Durante um procedimento cirúrgico, um anestesista deve fazer registros a cada cinco minutos. Em cirurgias complexas, isso pode significar mais de cem anotações a cada operação e, tudo isso, anotado em folhas de papel. Imagine a complexidade e o cuidado para analisar todas essas informações”, destaca Diógenes Silva, CEO da Anestech.
A empresa, desenvolvedora do aplicativo AxReg, recebeu recentemente aporte de R$ 3 milhões de investidores-anjo, os quais serão destinados para as melhorias e expansão da empresa para o mercado internacional. Comando de voz, reconhecimento facial e um colega virtual estão previstos para as próximas versões da solução. De acordo com o executivo, 390 mil cirurgias já foram registradas, documentadas e avaliadas pelo aplicativo, compilando dados para a gestão hospitalar.
O acompanhamento dessas métricas e da performance do centro cirúrgico de maneira simples, eficiente e segura, auxilia tanto a equipe médica, quanto os gestores hospitalares, que podem utilizar dados confiáveis para a análise de estatísticas, melhorias no atendimento e definição de planejamentos.