Pacientes dos hospitais Santa Paula, 9 de Julho, São Lucas Copacabana, Complexo Hospitalar de Niterói e Hospital Brasília ganham autonomia e individualidade com ferramentas de inteligência artificial reconhecidas internacionalmente
A partir de agora, pacientes que têm algum tipo de deficiência, seja ela congênita, adquirida ou temporária, poderão navegar de forma mais simples e responsiva pelos sites de sete hospitais de referência no Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal. Isso é possível por meio de uma tecnologia israelense de acessibilidade digital que oferece mais de 25 recursos adaptados às diferentes necessidades dos usuários, que vão desde o comando de voz para preenchimento de formulários até a mudança das cores nas páginas para as pessoas com daltonismo, por exemplo.
Os hospitais que contam com a nova ferramenta são: Hospital Santa Paula e Hospital 9 de Julho, em São Paulo, Hospital São Lucas Copacabana e Complexo Hospitalar de Niterói – CHN, no Rio de Janeiro, além do Hospital Brasília, Maternidade Brasília e Hospital Águas Claras, no Distrito Federal. Todos fazem parte da Dasa.
Para o diretor de Costumer Experience (CX) da Dasa, Jaakko Tammela, o objetivo da companhia é proporcionar a melhor experiência possível ao maior número de pessoas. Segundo dados do último censo do IBGE, o Brasil tem mais de 45 milhões de pessoas com deficiência. Só com daltonismo, são cerca de 10 milhões de brasileiros. “É preciso pensar ainda em um contingente de pessoas que têm deficiência temporária, como dificuldade visual ou motriz por causa da idade, ou aqueles pacientes que fizeram cirurgia. Estamos falando de algo em torno de 30% da população nacional, uma parcela totalmente desassistida, se considerarmos que apenas 1% dos sites são realmente acessíveis no País”, reforça o diretor.
“Os canais digitais devem existir para facilitar e agilizar o acesso e não para complicar e devem ser desenhados para atender a todos os perfis de usuário. Precisamos lembrar que elementos móveis podem causar convulsão em pessoas com epilepsia, por exemplo, ou que pessoas idosas possuem dificuldade em acessar layouts complicados, enxergar conteúdos com letras pequenas e encontrar botões e links clicáveis”, complementa Tammela. A nova ferramenta utilizada pelos hospitais fica localizada do lado esquerdo da tela nos sites, acessível com um único clique.
A partir de agora, quem entra nos sites desses hospitais consegue fazer ajuste de leitor de tela, navegação por teclado e navegação numérica, bloqueio de intermitência de brilho, customização de cor para fundo de tela, para cabeçalhos e também para conteúdo, descrição de imagem, links e cabeçalhos destacados, entre outros. A ferramenta foi desenvolvida pela Equalweb, solução líder mundial em acessibilidade digital, presente em mais de 100 milhões de páginas de sites no mundo todo.
O Head de Inovação da Equalweb, Ricardo Hechtman, explica que, uma vez configurada a acessibilidade, o usuário passará a ter um site personalizado, não necessitando refazer as configurações no próximo acesso. “A inclusão e acessibilidade de todos são temas de máxima importância para a EqualWeb. Por isso, seguimos e somos aderentes a todas as legislações”, conclui Hechtman. A empresa israelense tem como porta-voz Andrea Schwarz, CEO da EqualWeb Brasil, que é cadeirante e influente quando o assunto é inclusão de pessoas com deficiência.