A Fundação Oswaldo Cruz informou que o primeiro dos quatro lotes com 230 litros de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) chegou nas instalações da fábrica de vacinas de Bio-Manguinhos, na zona norte do Rio. O insumo veio da China em voo da empresa de cargas aéreas Cargolux e, após escala em Luxemburgo, aterrissou no aeroporto internacional do Galeão por volta das 19h.
Essa remessa de IFA é suficiente para aproximadamente seis milhões de doses. Também está previsto o recebimento de dois lotes ainda nesse fim de semana que, juntos, servirão a 12 milhões de doses. O quarto e último lote deve chegar na próxima semana para cinco milhões de vacinas.
No total, os 920 litros previstos até o fim da próxima semana cobrem as entregas de abril e parte das doses a serem disponibilizadas em maio, informou a Fiocruz ontem. Em fevereiro, a Fiocruz já havia recebido IFA equivalente a 15 milhões de doses, que estão em processamento na fábrica de Bio-Manguinhos.
Até agora, o laboratório entregou ao governo federal pouco mais de 1 milhão de doses envasadas em suas instalações e mais 4 milhões de vacinas prontas, também da AstraZeneca, mas vindas da Índia. Devido ao avanço da pandemia, o governo indiano bloqueou o envio de outras 8 milhões de doses prontas que estavam previstas para o Brasil como compensação ao atraso de 45 dias na entrega das primeiras remessas de IFA.
Apesar das entregas ainda limitadas, o diretor da fábrica, Maurício Zuma, informou ao Valor que a produção já alcançou o patamar de 900 mil doses diárias, o que deve dar maior escala às entregas. A Fiocruz preve entregar 3,9 milhões de doses até o fim deste mês e mais 18 milhões em abril. A partir de então, até julho, estão previstos entregas maiores, sendo junho o mês de maior volume: 34,2 milhões de vacinas prometidas.