A mudança acontece depois que 10 pessoas foram transferidas de uma UPA na Zona Leste durante a madrugada, por conta de uma falha no abastecimento de oxigênio. Foi primeira vez desde o início da pandemia do coronavírus que a cidade registrou um problema no fornecimento de oxigênio para unidades de atendimento de saúde.
"Nós estamos mudando toda a logística, concentrando nossos pacientes de covid-19 nos grandes hospitais, para que a gente possa ter um abastecimento constante de oxigênio", disse o secretário à emissora. De acordo com Aparecido, a demanda por oxigênio aumentou 121% na cidade e a secretaria solicitou ajuda da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) o empréstimo de cilindros.
O secretário afirmou que a administração municipal disponibilizou caminhões para ajudar na logística e entrega de oxigênio e negocia usinas de oxigênio para instalar em hospitais.
A secretaria municipal de Saúde informou que dos 10 pacientes transferidos mais cedo, sete foram enviados para o Hospital Municipal Professor Waldomiro de Paula, em Itaquera, e três para o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) Luiz Roberto Barradas Barata, em Heliópolis. Todos continuam em tratamento, de acordo com a pasta.
A empresa fornecedora de oxigênio da UPA Ermelino Matarazzo é a White Martins. Em nota, a empresa negou que tenha deixado de fornecer o insumo para a unidade de atendimento.
A fornecedora disse que o consumo de oxigênio pela UPA aumentou 16 vezes, saindo de 89 metros cúbicos por dia em dezembro de 2020 para 1.453 metros cúbicos atualmente. O abastecimento, antes feito uma vez por semana, agora é realizado três vezes ao dia.