Moinhos de Vento lança serviço de telemedicina neurológica
Objetivo é prestar auxilio diagnóstico à distância e agilizar o atendimento de emergência para outros hospitais no País
25/06/2014

A partir de sábado (21), uma equipe de médicos especialistas em neurologia vascular do Hospital Moinhos de Vento vai oferecer, por videoconferência, apoio ao diagnóstico na especialidade para emergências de outros hospitais. As sessões poderão ser feitas a qualquer dia ou horário, e serão oferecidas pelo Programa de Telemedicina do hospital, em parceria com o Centro Avançado de Neurologia e Neurocirurgia (Ceanne).

O lançamento acontece nesta sexta-feira (20), durante o Simpósio Internacional de Neurorradiologia, Neurologia e Neurocirurgia, em Porto Alegre (RS). A primeira instituição a contratar o serviço é o Hospital de Viamão, na região metropolitana da capital gaúcha, mas o Moinhos de Vento pretende comercializá-lo em todo o País e estendê-lo para outras de suas unidades no estado.

Segundo a chefe do serviço de neurologia do HMV, Sheila Martins, experiências prévias em países como Alemanha, Espanha e EUA comprovaram o sucesso da telemedicina no suporte ao tratamento de emergências neurológicas, principalmente em casos de AVC. Em 2008, um programa piloto no Rio Grande do Sul e coordenado pelo Ministério da Saúde conectou o HMV em Porto Alegre à sua unidade de Canoas e “foi um sucesso”.

Em 2012, com a publicação de uma portaria regulamentando os centros de AVC no Brasil, a presença física ou o sobreaviso de um neurologista estabeleceu o tempo máximo de atendimento destes casos em 30 minutos. A telemedicina não só foi admitida como passou a contar para o recebimento de verbas do SUS, gerando assim uma oportunidade de negócios.

Crescimento
Para suportar o serviço o HMV contratou neurologistas: são sete médicos de para manter o serviço de prontidão em período integral, dando cobertura ao hospital e ao serviço de telemedicina. O Ceanne por sua vez é responsável pela instalação dos equipamentos de telemedicina da Polycom nos hospitais contratantes. São telas de 42 polegadas com câmeras de alta resolução controláveis à distância pelo médico do Moinhos. Toda a implantação e treinamento de pessoal (técnico e clínico) é feita pelo Centro, que recebe pagamentos mensais pelo serviço.

“Ainda que estejamos falando de tecnologia de ponta, o mais importante são as pessoas na ponta”, explica Fernando Pisa, gestor de telemedicina do Ceanne. A infraestrutura de rede e o link de banda larga dedicado ficam sob responsabilidade do hospital contratante.

Importância
Atualmente, o acidente vascular cerebral, ou AVC, mata seis milhões de pessoas por ano e é a segunda maior causa de morte no mundo. O atendimento via telemedicina busca prestar primeiros socorros mais efetivos e rápidos, para evitar a mortalidade e facilitar o tratamento dos sintomas em menos de quatro horas e meia.

O neurologista de plantão poderá realizar um exame clínico à distância e avaliar a tomografia para dar o diagnóstico do paciente. Dois milhões de células do cérebro morrem por minuto durante um AVC, e o atendimento rápido reduz em 30% o risco de sequelas.

* atualizado às 16h20 de 20/06/14





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