Da recepção do Centro Integrado Cardiológico e Neurovascular, nova unidade do Fleury, é possível ver os cabos que sustentam a ponte Octávio Frias de Oliveira, mais conhecida na capital paulista como Ponte Estaiada. A vista não serve só para impressionar: o espaço, inaugurado em março, aposta no conceito de humanização como forma de oferecer um atendimento mais individual e cômodo, além do novo alinhamento de marca – e, por consequência, de estratégia do grupo.
O centro foi inaugurado em conjunto com a Unidade Ponte Estaiada. As duas ocupam o mesmo condomínio empresarial (Edifício Tower Bridge Corporate) no Brooklin Novo, na capital paulista, embora sejam fisicamente separados por um andar. Há, obviamente, uma intencionalidade clara ao situar uma unidade tão especializada em um dos mais novos (e importantes) centros empresariais da cidade.
“É uma região que está crescendo muito”, diz o médico cardiologista Ibraim Masciarelli Pinto, responsável pela unidade diagnóstica, lembrando que a proximidade com o público alvo facilita a vinda dos clientes ao flexibilizar horários, evitar onerosos deslocamentos pela metrópole e oferecer atendimento individualizado. “O tempo todo em que está aqui o paciente se sente importante.”
Segundo o médico, a predileção pelas duas especialidades se deve à alta taxa de mortalidade das doenças no coração e no sistema nervoso. São 20 modalidades diferentes de exames oferecidas.
É o nono centro de medicina integrada inaugurado pelo rede de medicina diagnóstica desde 2010. Os demais centros são o Centro do Aparelho Locomotor, Atendimento Especializado aos Pacientes com Linfoma, Apoio e Reabilitação de Disfunção Urinária, Procedimentos Guiados por Imagem, Neurologia e Medicina do Sono, Endoscopia Digestiva Avançada, Vila da Saúde (dedicado às crianças) e Gestar (medicina materno-fetal).
Estrutura
O Centro Integrado conta com uma equipe multidisciplinar especializada na realização dos exames relacionados às doenças cardio e neurovasculares, trabalhando desde a prevenção (incluindo avaliações físicas para ‘atletas iniciantes’) até o diagnóstico de quadros mais complexos. Durante todo o tempo em que passa na unidade, o cliente é monitorado de forma personalizada.
Esteiras para testes ergométricos ficam diante de grandes janelas (Foto: Divulgação)
Para isso, o espaço físico foi adaptado para receber equipamentos como ressonância – tarefa mais complexa do que parece à primeira vista, dado que as oscilações do prédio são capazes de interferir nos resultados dos exames e exigiram adaptações inusitadas. Normalmente ressonâncias ficam acomodadas no térreo, mas o Centro Integrado está no primeiro andar – que vibra em frequências além da aceitável para a tecnologia diagnóstica, o que poderia prejudicar a qualidade das imagens.
A solução? O equipamento foi instalado sobre uma laje de concreto armado de 30 cm de espessura, apoiada em 42 molas sobre a laje original. Todo o conjunto pesa cerca de 32 toneladas – que somada ao equipamento, a blindagem magnética (feita em aço silício), a blindagem de radiofrequência (feita em alumínio) e os reforços estruturais em vigas de aço chegam à incrível marca de 65 toneladas.
Diagnóstico verde
Houve ainda cuidados de construção e arquitetura sustentáveis, com janelas grandes e painéis luminosos, espaços e salas com luz natural e ampla visibilidade externa. “É a mesma sensação de correr na rua”, diz Masciarelli sobre as salas de avaliação física com esteiras voltadas para as janelas.
Ferramentas de controle e monitoramento dos sistemas de ar condicionado e energia, com cerca de 800 pontos monitorados por um Building Management System (BMS), buscam aumentar a eficiência energética no centro.
A adaptação dos andares da unidade e do centro integrado seguiram padrões da certificação LEED (Leadership in Energy & Environmental Design), organização que estabelece normas para edificações sustentáveis. Aço e madeira reciclados para móveis, pisos e forros também possuem o mesmo objetivo.