“Temos experiência de mais de 30 anos com plano individual. Temos metodologia, protocolos, adotamos muita tecnologia [para acompanhar a sinistralidade]”, disse Jorge Pinheiro, presidente da Hapvida, que realizou na tarde desta segunda-feira teleconferência para analistas e investidores. “Teremos a oportunidade de oferecer um plano individual com rede própria no país”, complementou.
Caso aprovada, a companhia que nascerá da fusão entre Hapvida e NotreDame Intermédica combinada passa contar com 84 hospitais, 280 clínicas médicas e 257 laboratórios de medicina diagnóstica.
As maiores sinergias de uma possível fusão entre Hapvida e NotreDame Intermédica devem vir das linhas de despesas gerais e taxa de sinistralidade, segundo Pinheiro. As outras alavancas devem vir de venda cruzada de planos de saúde, uma vez que as operadoras atendem as mesmas companhias em regiões distintas, e oferta da rede própria da Hapvida para outras operadoras. Os hospitais da Intermédica já são usados por outras operadoras.
Mesmo que a fusão seja aprovada, a Hapvida pretende continuar promovendo aquisições em praças onde as operadoras não atuam. Entre essas regiões, estão, por exemplo, o Sul do país.
Pinheiro destacou ainda que em Minas Gerais, onde as duas operadoras promoveram grandes aquisições recentemente, não há sobreposições nas cidades. A Hapvida comprou ativos na capital e Triângulo Mineiro e o GNDI em outras regiões.
Questionado se pretende atuar com públicos de maior renda, Pinheiro disse que seu foco continua sendo convênio médico acessível, mas “vai aproveitar a atuação da Intermédica em públicos de maior renda”. Parte dos clientes do GNDI é atendida com rede credenciada.
O tíquete médio da Hapvida é de R$ 182, enquanto da Intermédica é R$ 220. Esses valores consideram planos individual, corporativo e adesão.
O valor médio do convênio na Unimed é R$ 395, na Amil é de R$ 483, na Bradesco atinge R$ 597 e na SulAmérica é de R$ 625.