Os 50,2 milhões de beneficiários de planos de saúde brasileiros pagaram, em média, R$ 179,10 por mês pela cobertura em 2013, aumento de 10,9% em relação ao gasto per capita registrado no ano anterior. Em contrapartida, as operadoras gastaram, em média, R$ 150 por mês de assistência médica com cada beneficiário, ou 9,41% mais que os R$ 137,10 de 2012.
Os números fazem parte da Nota de Acompanhamento do Caderno de Informações da Saúde Suplementar (Naciss), produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) com base nas informações da ANS, atualizadas recentemente.
As operadoras receberam R$ 108 bilhões em 2013, 16% a mais do que em 2012, e gastaram R$ 90,5 bilhões com as despesas assistenciais, 14,4% a mais. Os números representam uma inversão da variação notada no período anterior, quando as despesas cresceram 16,1% e a receita, apenas 12,7%.
Segundo Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS, o resultado é positivo e importante para o setor, pois mostra uma recuperação das operadoras, que registraram crescimento das despesas assistenciais entre 2011 e 2012, com ritmo mais acelerado do que as receitas.
Apesar de as receitas e as despesas crescerem em um ritmo superior ao da inflação medida pelo IPCA, o equilíbrio entre as duas contas tem permitido certa sustentabilidade ao setor, diz Carneiro. O cálculo, no entanto, desconsidera despesas administrativas: com elas incluídas, a margem de lucro fica em torno de 1%, porcentual “bastante reduzido em comparação a qualquer setor da economia.”
Segundo a Naciss, a taxa de sinistralidade fechou 2013 em 83,7%, segunda maior da série histórica desde 2003.