Um dos usos corporativos mais interessantes dados ao Google Glass, “óculos inteligentes” lançados para desenvolvedores pela empresa americana no ano passado, tem sido sem dúvida o experimentado na área de saúde. Já falamos sobre experiências bem sucedidas feitas com o gadget no Brasil ena Europa.
Em artigo publicado recentemente em seu blog, J. P. Gownder, analista da consultoria especializada em tecnologia Forrester, elencou novos e bons exemplos de uso para o Glass. Um deles pode ser visto em um vídeo divulgado pela SAP e que ajuda a ilustrar o uso da tecnologia no contexto hospitalar. Veja abaixo:
No vídeo, uma enfermeira utiliza recursos sobre a plataforma HANA – que usa tecnologia in memory para processar grande quantidade de dados em alta velocidade – para, entre outras coisas, identificar outros membros da equipe do hospital e pacientes, receber alertas sobre procedimentos e controlar o fluxo e a administração de medicamentos.
Entre os benefícios “óbvios” apontados pela SAP estão a possibilidade do profissional manter as mãos absolutamente livres durante o atendimento, sem ter que buscar informações em um tablet ou outro terminal, e mesmo assim obter informações em tempo real sobre os pacientes. A SAP trabalha atualmente em um protótipo de óculos inteligentes que utilizam um aplicativo móvel de registro eletrônico dos pacientes.
Para o analista, o vídeo é interessante ao mostrar “como, na era dos consumidores, soluções tecnológicas que apostam no face a face com o paciente podem aprimorar a tecnologia e a velocidade dos cuidados em saúde”. Também salientam a força dos sistemas de gestão e de análise de dados (analytics) no desenvolvimento das chamadas tecnologias vestíveis ou, no inglês, wearables.
Especialistas no mercado do Gartner, outra consultoria especializada em tecnologia da informação, apontam que a economia de recursos para as companhias que adotarem óculos inteligentes pode chegar a mais de US$ 1 bilhão nos próximos cinco anos. Economia: palavra mágica no setor de saúde que deve estimular sobremaneira o uso da tecnologia em hospitais – cada vez mais preocupados em reduzir custos e, ao mesmo tempo, aumentar a qualidade.